Cruz e Sousa: O racismo e a intolerância para com os gênios negros mudaram pouco
João da Cruz e Sousa. Brasileiro de Florianópolis, Santa Catarina. Filho de escravos forros, foi educado por uma senhora branca de boas intenções e cheia de amor. Lia em alemão, francês, inglês, espanhol e latim.
Poeta simbolista, autor de versos tumultuados de revoltas, nasceu em 1861. Morreu, pobre, doente e ignorado, em Minas Gerais, em 1897, tendo seu corpo transportado para o Rio de Janeiro num vagão de trem de cargas, entre bostas e mijos de animais.
Se tivesse vivido nos dias de hoje, pobre como era, com o temperamento que tinha, seu destino não teria sido muito diferente. O racismo e a intolerância para com os gênios negros continuam o mesmo. O cinismo eterno desses preconceitos infinitos me apavora.
Livros encontrados na Livraria Cultura:
Barack Hussein Obama II. Norte-americano, nascido em Honolulu, Havaí, em 1961 (cem anos depois de Cruz e Sousa). Filho de mãe branca e pai negro, de origem queniana. Quando criança viveu na Indonésia, até voltar para o Havaí e ficar com os avós. Estudou Ciências Políticas em Nova York e Direito em Havard.
Na Columbia University, em Nova York, quis praticar esportes para namorar as mulheres. Mas logo descobriu que as que lhe interessavam preferiam os poetas. Mudou de postura e virou intelectual. É contemporâneo. É presidente dos Estados Unidos. Empossa hoje, 20 de Janeiro de 2009.
Se fosse brasileiro, seria, no máximo, ministro da cultura (em função de um governo recém-aceito). Há dez anos, nem isso. Se fosse norte-americano no século XIX, provavelmente, nem teria entrado para a história.
Livros encontrados na Livraria Cultura:
João da Cruz e Sousa. Brasileiro de Florianópolis, Santa Catarina. Filho de escravos forros, foi educado por uma senhora branca de boas intenções e cheia de amor. Lia em alemão, francês, inglês, espanhol e latim.
Poeta simbolista, autor de versos tumultuados de revoltas, nasceu em 1861. Morreu, pobre, doente e ignorado, em Minas Gerais, em 1897, tendo seu corpo transportado para o Rio de Janeiro num vagão de trem de cargas, entre bostas e mijos de animais.
Se tivesse vivido nos dias de hoje, pobre como era, com o temperamento que tinha, seu destino não teria sido muito diferente. O racismo e a intolerância para com os gênios negros continuam o mesmo. O cinismo eterno desses preconceitos infinitos me apavora.
Livros encontrados na Livraria Cultura:
provavelmente, nem teria entrado para a história
Barack Hussein Obama II. Norte-americano, nascido em Honolulu, Havaí, em 1961 (cem anos depois de Cruz e Sousa). Filho de mãe branca e pai negro, de origem queniana. Quando criança viveu na Indonésia, até voltar para o Havaí e ficar com os avós. Estudou Ciências Políticas em Nova York e Direito em Havard.
Na Columbia University, em Nova York, quis praticar esportes para namorar as mulheres. Mas logo descobriu que as que lhe interessavam preferiam os poetas. Mudou de postura e virou intelectual. É contemporâneo. É presidente dos Estados Unidos. Empossa hoje, 20 de Janeiro de 2009.
Se fosse brasileiro, seria, no máximo, ministro da cultura (em função de um governo recém-aceito). Há dez anos, nem isso. Se fosse norte-americano no século XIX, provavelmente, nem teria entrado para a história.
Livros encontrados na Livraria Cultura:
4 comentários:
oi, Giba você tem razão o preconceito ainda é muito grande no Brasil. Fico indignada com certas atitudes da sociedade atual, tão moderna, tão globalizada e tão carente de amor. Parabéns pela materia. Sueli
Sueli, muito obrigado pela visita e pelos comentários. Volte sempre!
Grande abraço!
Giba, obrigada por ter me visitado e deixado um belo comentário lá em meu blog. Gosto muito do seu também, por isso que o favoritei. Realmente a mentalidade da humanidade tem que mudar quanto ao que se refere a raça de um ser humano. Particularmente sou uma grande admiradora de Obama. Que ele chegue até o fim do seu governo e que o povo americano saiba perseverar e se unir à ele, quanto as causas que ele pretende defender. Gostei do paralelo estabelecido entre ele e Cruz e Souza. O primeiro sofreu muito mais em seu tempo, pois as marcas da escravidão estavam ainda muito recentes. É triste constatar que séculos passaram e pouca coisa mudou na mentalidade do povo brasileiro quando o asunto é racismo. Mas sinto-me esperançosa por ver um grande intelectual e político negro dirigindo uma nação poderosa e preconceituosa. Um abraço.
Muito obrigado pelo belo comentário, M! É bom saber que você continua acessando meu blog.
Grande abraço!
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