quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sexo, morte e psiquiatria

Em O templo do pavilhão dourado, de Yukio Mishima, o protagonista ainda criancinha vê a mãe transando com um desconhecido ao lado do leito de morte do pai. No final, ele toca fogo no templo.

Em O grito silencioso, de Kenzaburo Oee, o narrador encontra seu melhor amigo dependurado numa corda, nu e morto, claro, com um pepino introduzido no ânus. Em 1Q84, de Haruki Murakami, Tengo, um dos protagonistas, conserva na memória uma cena de quando tinha apenas 1 ano e meio, em que está no berço observando um homem, que não é seu pai, chupando os peitos de sua mãe.

Os japoneses são freudianos pra cacete, não são não? Em A casa das belas adormecidas, de Yasunari Kawabata, um velhinho tarado paga uma cafetina para deixá-lo observar uma ninfeta dormindo pelada.

Sexo, morte e psiquiatria são temas muito recorrentes na literatura japonesa, mais do que amor, inveja, ciúme e engajamento político, essas bobagens ocidentais.