A pequena biografia que se segue foi extraída do livro Dicionário literário afro-brasileiro, de Nei Lopes. Solano Trindade foi um dos grandes poetas negros que tivemos.
O centenário de seu nascimento foi celebrado em 2008, quando houve três lançamentos ligados à obra do poeta, Tem gente com fome (em formato infanto-juvenil), Poemas antológicos de Solano Trindade e O poeta do Povo.
O texto abaixo, só tive o trabalho de copiar, numa tentativa de difundir, ao mesmo tempo, o Dicionário literário afro-brasileiro e suas partes constitutivas, riquíssimas em referências literárias de temática negra.
Biografia mínima
“Solano Trindade nasceu no Recife, em 1908, e morreu em São Paulo (sic)*, em 1974. Foi poeta, ativista político e homem de teatro. Participou dos históricos congressos afro-brasileiros realizados em 1934 e em 1937, respectivamente, em Recife e em Salvador.
Criador da Frente Negra de Pernambuco e do Centro de Cultura Afro-Brasileira, estruturou em Pelotas, RS, um grupo de arte popular já existente, transformando-o, em 1943, no Teatro Popular Brasileiro. No Rio de Janeiro, participou da fundação do TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO. Ao mesmo tempo, destacou-se como grande nome da poesia de temática e vivência negras no Brasil.
Além disso, fundou em Embu, SP, um importante centro de arte popular. Segundo Souza, 2004, sua produção, elogiada por intelectuais estabelecidos, como Otto Maria Carpeaux, Roger Bastide e Sérgio Milliet, reconfigurou a história e a memória dos afro-brasileiros.
Recuperando eventos e trajetórias que negam os estereótipos de passividade e submissão, esforçou-se em contribuir, com sua poesia, para a difusão de fatos históricos ou já esquecidos, ou mostrados através de outra perspectiva nos livros de História do Brasil.
Assim, escreveu: 'Eu canto Palmares/ sem inveja de Virgílio, de Homero/ e de Camões ...' Em 1949, teria pronunciado, na sede carioca do Instituto dos Arquitetos do Brasil, conforme anúncio no jornal Quilombo, conferência sobre poesia negra no Brasil, na qual abordaria o problema dos ‘brancos que fazem poesia negra’ e dos poetas negros não comprometidos nem identificados com esse tipo de criação poética.
Obras publicadas:
Poemas d’uma vida simples (1944)
Seis tempos de poesia (1958)
Cantares ao meu povo (1961), com 2ª edição aumentada em 1981
O centenário de seu nascimento foi celebrado em 2008, quando houve três lançamentos ligados à obra do poeta, Tem gente com fome (em formato infanto-juvenil), Poemas antológicos de Solano Trindade e O poeta do Povo.
O texto abaixo, só tive o trabalho de copiar, numa tentativa de difundir, ao mesmo tempo, o Dicionário literário afro-brasileiro e suas partes constitutivas, riquíssimas em referências literárias de temática negra.
Biografia mínima
“Solano Trindade nasceu no Recife, em 1908, e morreu em São Paulo (sic)*, em 1974. Foi poeta, ativista político e homem de teatro. Participou dos históricos congressos afro-brasileiros realizados em 1934 e em 1937, respectivamente, em Recife e em Salvador.
Criador da Frente Negra de Pernambuco e do Centro de Cultura Afro-Brasileira, estruturou em Pelotas, RS, um grupo de arte popular já existente, transformando-o, em 1943, no Teatro Popular Brasileiro. No Rio de Janeiro, participou da fundação do TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO. Ao mesmo tempo, destacou-se como grande nome da poesia de temática e vivência negras no Brasil.
Além disso, fundou em Embu, SP, um importante centro de arte popular. Segundo Souza, 2004, sua produção, elogiada por intelectuais estabelecidos, como Otto Maria Carpeaux, Roger Bastide e Sérgio Milliet, reconfigurou a história e a memória dos afro-brasileiros.
Recuperando eventos e trajetórias que negam os estereótipos de passividade e submissão, esforçou-se em contribuir, com sua poesia, para a difusão de fatos históricos ou já esquecidos, ou mostrados através de outra perspectiva nos livros de História do Brasil.
Assim, escreveu: 'Eu canto Palmares/ sem inveja de Virgílio, de Homero/ e de Camões ...' Em 1949, teria pronunciado, na sede carioca do Instituto dos Arquitetos do Brasil, conforme anúncio no jornal Quilombo, conferência sobre poesia negra no Brasil, na qual abordaria o problema dos ‘brancos que fazem poesia negra’ e dos poetas negros não comprometidos nem identificados com esse tipo de criação poética.
Obras publicadas:
Poemas d’uma vida simples (1944)
Seis tempos de poesia (1958)
Cantares ao meu povo (1961), com 2ª edição aumentada em 1981
Além de 20 poemas in: Veredas, revista de letras da Universidade de São Paulo, nº 1, setembro de 1979.”
* Segundo o Literafro, portal de literatura afro-brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Solano Trindade morreu "pobre e esquecido numa clínica no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia", e não em São Paulo, como diz o texto de Nei Lopes. Zinho Trindade ("Solano Trindade faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1974") e Paula Locas já haviam alertado na seção de comentários do Leituras. Como o texto principal é do livro de Nei Lopes, não posso editá-lo, só oferecer ao leitor o devido esclarecimento.
* Segundo o Literafro, portal de literatura afro-brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Solano Trindade morreu "pobre e esquecido numa clínica no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia", e não em São Paulo, como diz o texto de Nei Lopes. Zinho Trindade ("Solano Trindade faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1974") e Paula Locas já haviam alertado na seção de comentários do Leituras. Como o texto principal é do livro de Nei Lopes, não posso editá-lo, só oferecer ao leitor o devido esclarecimento.
13 comentários:
esse texto é sensacional , sem dúvidas um dos melhores que já ví falando sobre o espetacular "solano trindade"
Muito obrigado, Ricardo, pela parte que me toca, né, porque, na verdade, só fiz copiar o texto. Mas se chegou até você e você gostou, acho que contribuí. Obrigado também pela visita ao blog!
Grande abraço!
Aajudooou Pakas na minha lição de literaturaa.... Vleu meesmo
abraass
Obrigado, rapaz! Valeu pela visita!
Abraço!
Eu gostei muito Gil, além de me ajudar na minha pesquisa sobre "poetas negros brasileiros".
valeuu mesmo beijão...
Adorei o texto me ajudou muito a concretizar e desenvolver o trabalho da semana da conciencia negra no qual Solano Lopes será o homenageado desse ano na minha escola muito obriagada Gil pelo seu texto enriquecedor..
Obrigado! Mas o texto não é meu, não. É do livro Dicionário literário afro-brasileiro, conforme esclareci na abertura. Em todo caso, esta é a intenção, fazer valer a importância do livro publicado por Nei Lopes, uma grande consciência desse país.
Abraço!
Solano Trindade faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1974
Muitooo Obrigada pela ajuda Gil.Me ajudou meeeesmooo sobre o tema apresentado.^
Seja bem-vindo!
Putzz, valeu msm Tenho um seminário p fazer amanhã e isso ajudou mto, mto mto mesmo. Obg
Eu só quero fazer uma correção,eu vi em 2 sites que Francisco Solano Trindade morreu no Rio de Janeiro não em São Paulo .Bom o resto está certo pelo o que eu li em outros sites.Obrigada ajudou muito (a não ser na parte citada acima).
Obrigado, Paula pela correção! Fica registrado, então, mas eu não posso mudar o texto porque não é meu, é um trecho, uma passagem do livro Dicionário Literário Afro-brasileiro, de Nei Lopes. Com sorte, talvez o próprio Nei Lopes veja isso e numa segunda edição de seu livro, ele faça a correção.
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