Nietzsche conheceu a bela e irresistível Lou Andreas-Salomé em 1882, por intermédio do amigo em comum, Paul Rée. Dias antes do encontro, Nietzsche escrevera uma carta a Rée perguntando de Lou, em tom irônico, mas que hoje, longe do fato e da atmosfera da época, soa ridículo. À minha mente não vem outra coisa senão uma grande vontade de rir.
“Saúde essa russa por mim, se isso tem algum sentido. Sou cobiçoso por esse tipo de alma. Sim, à noite, saio à caça delas.”
Ninguém escapa ao ridículo. Nem mesmo gênios como Nietzsche, ainda que isso tenha sido numa carta entre amigos.
“Saúde essa russa por mim, se isso tem algum sentido. Sou cobiçoso por esse tipo de alma. Sim, à noite, saio à caça delas.”
Ninguém escapa ao ridículo. Nem mesmo gênios como Nietzsche, ainda que isso tenha sido numa carta entre amigos.
Sete anos depois, Nietzsche, já doente, dança nu numa pensão de Turim. Tudo isso é muito engraçado, se observado à distância. Mas, devo admitir, prefiro observações do pensador profundo que disse: “A voz da beleza fala baixinho; insinua-se apenas nas almas mais despertas.”
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