Divulgação João Miguel e Peter Ketnath em Cinema, aspirinas e urubus
Tropa de elite, que causou escândalos e admiração no Brasil, foi além e levantou um frisson na Alemanha e ganhou o Urso de Ouro 2008. Seu diretor, José Padilha (Ônibus 174), agora faz parte de uma tríade de cineastas brasileiros que exercem certa influência no cinema mundial, juntamente com Walter Salles Jr. e Fernando Meirelles. Mas eles não estão sozinhos quando se trata de cinema de boa qualidade no Brasil. Aliás, há nomes que fizeram filmes tão pungentes, líricos e profundos - não necessariamente com os três requisitos na mesma obra - quanto Cidade de Deus, Diários de motocicleta (melhor que Abril despedaçado, que é melhor que Central do Brasil) e Tropa, sem dúvida.
Por isso podemos diversificar. Além da tríade, pelo menos dez cineastas merecem destaque no cinema nacional, com filmes de 1995 para cá, mesmo que tenham feito apenas um até agora e ainda figurem só como promessas. Segue a lista dos diretores, com sugestão dos filmes que vi, uma vez que não estou a par de toda a produção de cada um.
Cao Hamburger: Castelo Rá-tim-bum e O ano em que meus pais saíram de férias.
Cláudio Assis (um dos melhores): Amarelo manga e Baixio das bestas.
Eliane Café: Kenoma (um ótimo filme). Depois errou a mão em Os Narradores de Javé, mas tem talento.
Karim Aïnouz (outro que “sente o borbulhar dos gênios”): Madame Satã e O céu de Suely.
Laís Bodansky: Bicho de sete cabeças (fez outros filmes, mas infelizmente não vi).
Lírio Ferreira (sempre em parcerias muito boas): O baile perfumado (grande filme da década de 90). Perdi Árido movie no cinema, e agora a coisa mais difícil é encontrá-lo nas locadoras. Recentemente fez um documentário sobre Cartola, que não me empolgou.
Luís Fernando Carvalho (esse é gênio): pelo menos demonstrou isso em seu único filme, Lavoura arcaica, baseado no livro homônimo do excêntrico e genial Raduan Nassar. Também dirigiu seriados e novelas na Globo, com cenas inesquecíveis.
Marcelo Gomes (promessa): Cinema, aspirinas e urubus (filme simples, mas bom, que nasceu cult).
Sérgio Machado: Cidade baixa (um ótimo filme).
Tata Amaral: Um céu de estrelas (filme que lembra Eu sei que vou te amar, de Arnaldo Jabor, pela espacialização e a dinâmica dos personagens), e Antônia (fez também Através da janela).
Nem foi preciso citar outros dois cineastas contemporâneos dos listados que também são muitos bons: Toni Venturi, com Latitude zero e Cabra cega; e Beto Brant, com Os matadores, Ação entre amigos, O invasor e Cão sem dono.
Nem mesmo foi preciso citar veteranos na ativa que nos aparecem com boas sugestões: Sérgio Bianchi, com Cronicamente inviável e Quanto vale ou é por quilo? (cuja fotografia é belíssima); Carlos Reichenbach, com Garotas do ABC; Hector Babenco, com Coração iluminado, Carandiru e O passado.
Por isso podemos diversificar. Além da tríade, pelo menos dez cineastas merecem destaque no cinema nacional, com filmes de 1995 para cá, mesmo que tenham feito apenas um até agora e ainda figurem só como promessas. Segue a lista dos diretores, com sugestão dos filmes que vi, uma vez que não estou a par de toda a produção de cada um.
Cao Hamburger: Castelo Rá-tim-bum e O ano em que meus pais saíram de férias.
Cláudio Assis (um dos melhores): Amarelo manga e Baixio das bestas.
Eliane Café: Kenoma (um ótimo filme). Depois errou a mão em Os Narradores de Javé, mas tem talento.
Karim Aïnouz (outro que “sente o borbulhar dos gênios”): Madame Satã e O céu de Suely.
Laís Bodansky: Bicho de sete cabeças (fez outros filmes, mas infelizmente não vi).
Lírio Ferreira (sempre em parcerias muito boas): O baile perfumado (grande filme da década de 90). Perdi Árido movie no cinema, e agora a coisa mais difícil é encontrá-lo nas locadoras. Recentemente fez um documentário sobre Cartola, que não me empolgou.
Luís Fernando Carvalho (esse é gênio): pelo menos demonstrou isso em seu único filme, Lavoura arcaica, baseado no livro homônimo do excêntrico e genial Raduan Nassar. Também dirigiu seriados e novelas na Globo, com cenas inesquecíveis.
Marcelo Gomes (promessa): Cinema, aspirinas e urubus (filme simples, mas bom, que nasceu cult).
Sérgio Machado: Cidade baixa (um ótimo filme).
Tata Amaral: Um céu de estrelas (filme que lembra Eu sei que vou te amar, de Arnaldo Jabor, pela espacialização e a dinâmica dos personagens), e Antônia (fez também Através da janela).
Nem foi preciso citar outros dois cineastas contemporâneos dos listados que também são muitos bons: Toni Venturi, com Latitude zero e Cabra cega; e Beto Brant, com Os matadores, Ação entre amigos, O invasor e Cão sem dono.
Nem mesmo foi preciso citar veteranos na ativa que nos aparecem com boas sugestões: Sérgio Bianchi, com Cronicamente inviável e Quanto vale ou é por quilo? (cuja fotografia é belíssima); Carlos Reichenbach, com Garotas do ABC; Hector Babenco, com Coração iluminado, Carandiru e O passado.
Quem souber de mais um, por favor, aumentemos a lista, na proposta dos últimos 13 anos.
Um comentário:
Gilberto, achei muito legal você lembrar desses caras agora, quando parece que só existem Salles, Meirelles e Padilha no cinema brasileiro. Temos todos esses aí no cinema de ficção e talvez ainda mais no documentário (Eduardo Coutinho, João Moreira Salles e João Jardim, só pra citar alguns). Da sua lista, eu destacaria principalmente Cao Hamburguer, Karim Ainouz, Marcelo Gomes e Luis Fernando Carvalho. E acrescentaria a Anna Muylaert, por causa de Durval Discos.
Abraço, velho!
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