Num primeiro momento, a morte é luto. Se quem morre é uma personalidade ilustre, a morte se transforma em celebração no futuro, e se junta à representação da vida, a ponto de não se distinguir nascimento e falecimento. Tudo é festa. Estranha e ambígua é a atitude humana diante dos dois extremos da existência.
Se quem morreu foi um anônimo, anonimamente federá até que sua carne e seus nervos tenham sido devorados pelos vermes, e seus ossos e cabelos se transformem em fóssil, para nunca mais ser lembrado, nunca mais ser olhado pelo outro, porque o outro, também, já terá morrido, muitas vezes, também, como um esquecido.
Em 2009, por exemplo, temos várias celebrações. Comemoram-se, entre tantos outros eventos, o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e Edgar Allan Poe, os centenários da morte de Euclides da Cunha e do nascimento de Carmen Miranda.
Se quisermos ir mais longe nesse negócio de morte e celebração, há outros nomes importantes na literatura brasileira e mundial que merecem bolo e alguns confetes, ao menos, no embalo dessa festa.
O escritor paraense Dalcídio Jurandir nasceu em 1909 e faleceu em 1979. Ele é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira, tendo escrito nove romances retratando a região amazônica. Entre seus livros estão Chove sobre os campos de Cachoeira (1941) e Belém do Grão Pará (1960).
O dramaturgo francês, nascido na Romênia, Eugéne Ionesco (1909 - 1994), pai do teatro do absurdo, autor de A lição das cadeiras, o escritor biográfico chileno Juan Carlos Onetti (1909 - 1994), autor de Junta-cadáveres, e o poeta grego Yannis Ritsos (1909 – 1990), autor de Ismênia, também merecem ser lembrados.
Este humilde blog não tem estrutura para publicar estudos novos sobre a obra desses importantes autores, mas fica aqui a lembrança.
Por fim, 2009 é também o ano em que a obra de Freud entra em domínio público, com os 70 anos da morte do pai da psicanálise, que faleceu em 1939, aos 83 anos. Como se sabe, 70 anos é o prazo que os herdeiros têm para usufruir dos direitos autorais de seus defuntos.
Aliando esse fato ao da reforma ortográfica, minha grande expectativa é de que A interpretação dos Sonhos, o livro seminal de Freud, aquele calhamaço publicado no Brasil pela Imago, saia do preço estratosférico para cair nas graças de meu bolso e eu, finalmente, poder tê-lo, com trema e tudo, em minha humilde biblioteca.
Se quem morreu foi um anônimo, anonimamente federá até que sua carne e seus nervos tenham sido devorados pelos vermes, e seus ossos e cabelos se transformem em fóssil, para nunca mais ser lembrado, nunca mais ser olhado pelo outro, porque o outro, também, já terá morrido, muitas vezes, também, como um esquecido.
Em 2009, por exemplo, temos várias celebrações. Comemoram-se, entre tantos outros eventos, o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e Edgar Allan Poe, os centenários da morte de Euclides da Cunha e do nascimento de Carmen Miranda.
Se quisermos ir mais longe nesse negócio de morte e celebração, há outros nomes importantes na literatura brasileira e mundial que merecem bolo e alguns confetes, ao menos, no embalo dessa festa.
O escritor paraense Dalcídio Jurandir nasceu em 1909 e faleceu em 1979. Ele é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira, tendo escrito nove romances retratando a região amazônica. Entre seus livros estão Chove sobre os campos de Cachoeira (1941) e Belém do Grão Pará (1960).
O dramaturgo francês, nascido na Romênia, Eugéne Ionesco (1909 - 1994), pai do teatro do absurdo, autor de A lição das cadeiras, o escritor biográfico chileno Juan Carlos Onetti (1909 - 1994), autor de Junta-cadáveres, e o poeta grego Yannis Ritsos (1909 – 1990), autor de Ismênia, também merecem ser lembrados.
Este humilde blog não tem estrutura para publicar estudos novos sobre a obra desses importantes autores, mas fica aqui a lembrança.
Por fim, 2009 é também o ano em que a obra de Freud entra em domínio público, com os 70 anos da morte do pai da psicanálise, que faleceu em 1939, aos 83 anos. Como se sabe, 70 anos é o prazo que os herdeiros têm para usufruir dos direitos autorais de seus defuntos.
Aliando esse fato ao da reforma ortográfica, minha grande expectativa é de que A interpretação dos Sonhos, o livro seminal de Freud, aquele calhamaço publicado no Brasil pela Imago, saia do preço estratosférico para cair nas graças de meu bolso e eu, finalmente, poder tê-lo, com trema e tudo, em minha humilde biblioteca.
Vivam os anos que passam!
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