Chega às livrarias a
obra completa de Maura Lopes Cançado, fora de catálogo há muito tempo. O que é
uma boa notícia. São apenas dois livros, Hospício
é Deus, em forma de diário, e a coletânea de contos O sofredor do ver, mas ambos considerados um marco da literatura
brasileira pela originalidade, pela verve absoluta de uma grande escritora. Maura
Lopes sofria de transtornos mentais e vivia internada em clínicas psiquiátricas.
Foi durante uma de suas
internações no Hospital Gustavo Ridel, no Rio de Janeiro, que ela escreveu seu
primeiro livro, Hospício é Deus. Na
década de 1960, quando publicou os dois volumes, trabalhava no Jornal do
Brasil, junto com nomes importantes das letras brasileiras, como Ferreira
Gullar, Carlos Heitor Cony, e artistas plásticos como Amílcar de Castro.
Em Hospício é Deus, Maura diz coisas originalíssimas, a ponto de Assis
Brasil dizer que se escrevesse em outro país, certamente seria reconhecida
internacionalmente, e que seu acervo existencial é mais profundo que o de muitos
escritores de ponta no Brasil, que se apegam a seus draminhas familiares (leia
mais no texto Literatura e insanidade,
de 2007).
Não li O sofredor do ver, porque era de difícil
acesso, e terei a oportunidade de comentá-lo aqui, quando conseguir adquiri-lo
com essa nova fornada.
2 comentários:
Oi, Giba, há quanto tempo!
Maura enfim voltou! abs!
E aí, Lúcio! Quanto tempo messo, né, rapaz. Pois é, Maura voltou, finalmente. Quero comprar o Sofredor do Ver, mas ainda não me sobrou grana, rs. Abraço!
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