“Philip Roth teve seu primeiro livro
editado por Veronica Geng antes que os dois se encontrassem pessoalmente e se
tornassem amigos rapidinho – ou, como o próprio Roth relembra: 'Quando
começamos a nos fazer rir”.
Geng era editora desta revista (The New Yorker), além de uma escritora
de aguçadas sátiras sociais, quando escreveu para Roth no final dos anos 70,
dizendo o quanto admirava sua obra e perguntando se ele não tinha alguma coisa
que a New Yorker pudesse publicar.
Quinze anos antes, Roth tinha aparecido
nestas páginas (da New Yorker), mas
a revista já tinha sido considerada o país de (John) Updike. Roth diz que ali
concluíra que o poder local 'Não gostava dele'.
(15 anos depois) Roth não tinha um conto
para oferecer naquele momento. Mas tinha acabado de escrever um romance, The Ghost Writer (que em português saiu
com um título imbecil: Diário de uma
ilusão), e ele o enviou para Geng ler.
A reação dela, disse mais tarde a Roth,
foi marchar rumo à mesa do editor da revista, William Shawn, colocar o
manuscrito sobre a mesa e dizer: “temos de publicar o livro todo” (“We should
publish the whole thing.”).
The New Yorker publicou o livro todo, em
dois números, no verão de 1979, colocando-o na ilustre companhia de Hiroshima, de John Hersey, Eichmann em Jerusalém, de Hannah
Arendt, A sangue frio, de Truman
Capote, e Primavera silenciosa, de
Rachel Carson, livro este que nos alertou para um apocalipse ambiental.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário