O jornalista Marcus Preto resenhou, no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, a biografia Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal, escrita pelo também jornalista Ricardo Alexandre. Uma resenha, OK. Mas o título dela, Biografia leva leitor à inocência de Simonal, é tão tendencioso quanto a suposta parcialidade do livro.
A biografia leva o leitor a acreditar na inocência do músico. Ora, e o jornalista queria o quê, que levasse o leitor a acreditar na culpa, ou que fosse imparcial a ponto de não retratar nada, só repetir as acusações?
A resenha começa assim:
“Uma Bíblia, o Código Penal e a Constituição brasileira. Naqueles últimos dias de vida, em abril de 2000, esses eram os livros que Wilson Simonal tinha à cabeceira da cama, no quarto do hospital Sírio-Libanês. Sofrendo de uma cirrose que o fez passar por inúmeras hemorragias e três comas, o cantor ainda mantinha a obsessão por provar que, ao contrário da fama, nunca fora informante da ditadura.
“Escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre, a biografia ‘Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal’ leva o leitor a acreditar nessa inocência alegada pelo músico.”
E esta resenha leva o leitor a achar que Marcus Preto sabe de tudo, conhece a verdade sobre Simonal, e que a verdade está naquilo que ele, resenhista, sabe e não quis dizer.
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Título: Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal
Autor: Ricardo Alexandre
Editora: Globo, 2009, 392 páginas
Gênero: Biografia
Preço: R$ 39,90
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