Réplica da espada de Pizarro, sem sangue
"Eu vi a espada de Pizarro
na vitrina
de um museu em Lima
Era fina.
Foi comprada por um peruano rico
de um americano rico
para o espanto de meus olhos pobres.
Eu vi a espada de Pizarro
– era fina –
numa tarde cinzenta em Lima.
Num museu podia ser um histórico ornamento.
Mas uma gota de sangue escorria
escorria no assoalho ainda."
Este belo poema foi publicado em Textamento (Rocco, 1999), de Affonso Romano Sant’Anna. O título do livro é uma fusão da palavra ‘texto’ com a denominação da carta que descreve o legado de alguém que morre. No caso de A espada de Pizarro, a poesia é o testamento do poeta. A violência, a pobreza e o sangue escorrendo na história foram o que nos deixou Pizarro.
na vitrina
de um museu em Lima
Era fina.
Foi comprada por um peruano rico
de um americano rico
para o espanto de meus olhos pobres.
Eu vi a espada de Pizarro
– era fina –
numa tarde cinzenta em Lima.
Num museu podia ser um histórico ornamento.
Mas uma gota de sangue escorria
escorria no assoalho ainda."
Este belo poema foi publicado em Textamento (Rocco, 1999), de Affonso Romano Sant’Anna. O título do livro é uma fusão da palavra ‘texto’ com a denominação da carta que descreve o legado de alguém que morre. No caso de A espada de Pizarro, a poesia é o testamento do poeta. A violência, a pobreza e o sangue escorrendo na história foram o que nos deixou Pizarro.
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