Marisacat
Para você que se sente só, bastardo desamparado, para você que é clandestino dentro de si mesmo, você que pisou o solo errado, que se entregou ao mundo e desaguou em mares distantes. Você que chora, ao rir da própria dor para disfarçar a solidão, você que é cúmplice do ermo, da saudade, do amor faltante, do discurso errante, você que é tantos e nenhum, solitário e invisível, multidão e ninguém. A você, Sísifo revoltado, ofereço meu conselho: deixa a vida rolar como se fosse a pedra dada por Zeus.
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