Em O templo do
pavilhão dourado, de Yukio Mishima, o protagonista ainda
criancinha vê a mãe transando com um desconhecido ao lado do leito
de morte do pai. No final, ele toca fogo no templo.
Em O grito
silencioso, de Kenzaburo Oee, o narrador encontra seu melhor
amigo dependurado numa corda, nu e morto, claro, com um pepino
introduzido no ânus. Em 1Q84, de Haruki Murakami, Tengo, um
dos protagonistas, conserva na memória uma cena de quando tinha
apenas 1 ano e meio, em que está no berço observando um homem, que
não é seu pai, chupando os peitos de sua mãe.
Os japoneses são
freudianos pra cacete, não são não? Em A casa das belas
adormecidas, de Yasunari Kawabata, um velhinho tarado paga uma
cafetina para deixá-lo observar uma ninfeta dormindo pelada.
Sexo, morte e
psiquiatria são temas muito recorrentes na literatura japonesa, mais
do que amor, inveja, ciúme e engajamento político, essas bobagens
ocidentais.
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