“Um missionário chega à aldeia. Os fiéis acorrem a seu sermão. Ele começa assim: ‘Sabem o que direi?’ – ‘Não, são sabemos.’ – ‘Então, que lhes posso dizer a respeito do que não sabem?’. O sermão não aconteceu. Esta anedota tem um prolongamento que acentua o caráter ambíguo da palavra ‘saber’. Na vez seguinte, os fiéis responderam à mesma pergunta: ‘Nós sabemos.’ – ‘Se sabem sem mim, não vale a pena que eu lhes fale.’” (B. Tomachevski, in: Teoria da Literatura – Formalistas Russos. Porto Alegre, Globo, 2ª Ed., 1973, página 196).
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