Há 30 anos, Edney Silvestre pensava em escrever um romance de investigação, sobre um crime mal resolvido pela polícia que duas crianças decidem elucidar. Há seis, o autor, excelente jornalista, entrevistador do Programa Espaço Aberto, da Globo News, começou a empreitada e no ano passado entregou o livro à editora Record.
Silvestre passou um tempo com dificuldade para encontrar a abertura exata de sua história. Em entrevista ao Jô Soares, em 2009, o jornalista comenta: “Eu não sou maluco, Jô, mas, juro por Deus, ouvi a voz do narrador me dizer: ‘Se eu fechar os olhos agora, posso sentir o sangue dela grudado nos meus dedos.’ E foi assim que abri o romance.”
Admiro muito Edney Silvestre, um profissional de rara comparação. Provavelmente não lerei o livro dele, Se eu fechar os olhos agora (Record, 2009, 304 páginas), mas fica aqui a reverência e o registro.
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