Ler prosa sem acompanhar o fio da história é entediante para qualquer leitor, até mesmo para aqueles que procuram no texto a qualidade estética, o cerne do trabalho literário, que vai além do enredo em si.
Essa relação leitor/texto, no entanto, é diferente na leitura da poesia, porque entra em jogo a questão da sonoridade, do ritmo, do encantamento dos versos, além do teor central, que é a condensação, a alta voltagem concentrada nas linhas poéticas.
Mas em Guimarães Rosa, as convenções de leitura em prosa vão por terra. Em seus contos e romances, o texto é um mar de poesia. São águas poéticas em ondas revestidas de prosa. Tudo está ali: a condensação, o jogo de palavras, a musicalidade finamente trabalhada, o máximo no mínimo e a expansão do estético.
Essa relação leitor/texto, no entanto, é diferente na leitura da poesia, porque entra em jogo a questão da sonoridade, do ritmo, do encantamento dos versos, além do teor central, que é a condensação, a alta voltagem concentrada nas linhas poéticas.
Mas em Guimarães Rosa, as convenções de leitura em prosa vão por terra. Em seus contos e romances, o texto é um mar de poesia. São águas poéticas em ondas revestidas de prosa. Tudo está ali: a condensação, o jogo de palavras, a musicalidade finamente trabalhada, o máximo no mínimo e a expansão do estético.
Basta a leitura de um conto de Primeiras Estórias, de um trecho de Grande Sertão: Veredas, ou de qualquer outro livro de Rosa, para o leitor se deixar mergulhar na poeticidade do texto e surgir de lá como quem traz ricos tesouros de linguagem, pronto para sentir-pensar.