O escritor goiano Adovaldo Fernandes Sampaio relançou em sétima edição seu livro Línguas e Dialetos Românicos e Germânicos (Kelps, 2010, 350 páginas, acrescido de um opúsculo de 96 páginas que conta as línguas germânicas). É uma pena esse livro não ter a distribuição que merece. Na Livraria Cultura, por exemplo, não pode ser encontrado. Ou seja, só o leitor vindo a Goiânia mesmo para adquiri-lo.
O autor achou uma maneira original de abordar o quadro completo das línguas de origem latina e as de origem germânicas. Enviou centenas de cartas a pessoas que falam os mais diversos idiomas dessas duas árvores e pediu a elas que escrevessem o Pai-Nosso e a Ave-Maria.
O resultado foi que, além de recontar essas línguas todas, que somam juntas mais de 170 (só as românicas são 120), foi possível traçar um perfil de cada uma delas por meio de seus registros escritos e de um histórico, como nasceu, quando, porque sobrevive e quais são as ameaças que sofrem.
Papo
“Papeando em papiamento” é o subtítulo de uma passagem do livro, uma brincadeira ilustrativa de como é a língua papiamento, falada em Aruba e nas Antilhas Holandesas. Segundo Sampaio, o papiamento é “um dialeto luso-espanhol crioulizado, formado de palavras tiradas do espanhol, português, inglês, holandês, além de dialetos indígenas e africanos.”
Por ser um coquetel linguístico, diz o autor, “é muito difícil classificar o papiamento em qualquer grupo.” Mas mesmo correndo riscos, ele classifica a exótica língua no time das românicas, talvez pelos 80% de espanhol em seu léxico.
Amostra
Como vai? – con ta bai?
Por favor – Please
Adeus – Ayo
Traga a minha conta – Mi por a hana mi quenta
Bumbum – Chang Chang (ou sanka)
Caro – Caro / Barato – Barato
Muito obrigado – Masha danki
Vamos dançar? – Ban balia?
Eu te amo – Mi ta stima bo
Quanto? – Cuanto?
Que horas são? – Cuant’or tin?
Boa noite – Bon nochi
Boa tarde – Bon tardi
Bom dia – Bon dia
O autor achou uma maneira original de abordar o quadro completo das línguas de origem latina e as de origem germânicas. Enviou centenas de cartas a pessoas que falam os mais diversos idiomas dessas duas árvores e pediu a elas que escrevessem o Pai-Nosso e a Ave-Maria.
O resultado foi que, além de recontar essas línguas todas, que somam juntas mais de 170 (só as românicas são 120), foi possível traçar um perfil de cada uma delas por meio de seus registros escritos e de um histórico, como nasceu, quando, porque sobrevive e quais são as ameaças que sofrem.
Papo
“Papeando em papiamento” é o subtítulo de uma passagem do livro, uma brincadeira ilustrativa de como é a língua papiamento, falada em Aruba e nas Antilhas Holandesas. Segundo Sampaio, o papiamento é “um dialeto luso-espanhol crioulizado, formado de palavras tiradas do espanhol, português, inglês, holandês, além de dialetos indígenas e africanos.”
Por ser um coquetel linguístico, diz o autor, “é muito difícil classificar o papiamento em qualquer grupo.” Mas mesmo correndo riscos, ele classifica a exótica língua no time das românicas, talvez pelos 80% de espanhol em seu léxico.
Amostra
Como vai? – con ta bai?
Por favor – Please
Adeus – Ayo
Traga a minha conta – Mi por a hana mi quenta
Bumbum – Chang Chang (ou sanka)
Caro – Caro / Barato – Barato
Muito obrigado – Masha danki
Vamos dançar? – Ban balia?
Eu te amo – Mi ta stima bo
Quanto? – Cuanto?
Que horas são? – Cuant’or tin?
Boa noite – Bon nochi
Boa tarde – Bon tardi
Bom dia – Bon dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário