quarta-feira, 5 de maio de 2010

Einstein no sonho de Helen Dukas e outras histórias

Einstein: Conversava com todos na mesma tonalidade e atenção, de doutor a operário

O físico alemão Albert Einstein tinha uma secretária chamada Helen Dukas, que conhecia bem a vida simples do patrão. Um sonho que ela teve com Einstein traduz bem a vida dele.

O sonho

“Einstein estava comendo num restaurante, quando um homem entrou e mandou todo mundo encostar na parede, ele inclusive. Então começou, pelo primeiro da fila, a tirar dinheiro, relógios e outros bens de todas as pessoas. Quando chegou em Einstein, o ladrão parou: ‘Eu não vou tirar nada do senhor, professor Einstein!’ Ao que Einstein protestou: ‘Que horror! Quero ser tratado como todo mundo!’ No sonho, Einstein esvaziou o bolso e só caiu uma moeda.”

Essa história é contada no livro Einstein - a ciência da vida (Ática, 1999), de Denis Brian, tradução de Vera Caputo. Além do desfecho, outra coisa engraçada é perceber como Einstein era famoso, que até os ladrões mais pé-de-chinelo (ladrões de relógio e carteira) conheciam o físico, e mais, era tão famoso e querido que até esse tipo de criminoso (unha de fome e necessitado) o respeitava. Mais ainda, tão universalmente conhecido que até em sonhos de terceiros era reconhecido por ladrões dessa categoria.

Racismo

“Uma bonita jovem americana, que defendendo a discriminação, perguntou a Einstein: ‘O que o senhor faria se seu filho se casasse com uma negra?’ Ele respondeu: ‘Provavelmente eu pediria para conhecer a noiva. Mas se ele me dissesse que ia se casar com você, eu perderia o sono e o apetite’.” In: Einstein - a ciência da vida (Ática, 1999).


Simplicidade

“No outono [de 1948], o assistente de pesquisa de Einstein, Ernst Strauus, deixou-o para assumir um cargo acadêmico. John Kemeny estava entre os possíveis substitutos. Refugiado húngaro de 22 anos de idade, Kemeny estava a meio caminho de sua tese de doutorado quando chegou ao escritório de Einstein. A tese de Kemeny sobre lógica matemática não tinha nenhum interesse concebível para ele [Einstein], que não conhecia absolutamente nada daquilo. ‘Então’, disse Kemeny, ‘tive de explicar a teoria, o que ela queria provar [...] Devo ter levado meia hora [...] e tive medo de estar tomando seu tempo. Mas ele fez questão [...] Interrompia-me com perguntas quando não entendia [...] E então disse minha frase preferida, da qual jamais me esquecerei: ‘Muito interessante. Agora vou lhe contar no que estou trabalhando’, exatamente no mesmo tom de voz, como se nós dois tivéssemos a mesma importância.” In: Einstein - a ciência da vida (Ática, 1999).

Um comentário:

Revistacidadesol disse...

kkk! Vou usar essa frase agora: muito interessante. Agora ouça no que estou trabalhando...boa saída, né, Giba!
Abs do Lúcio Jr.