A
onda de manifestações que assola o Brasil pode servir para muitas correções
necessárias, uma delas é o modo de agir da polícia. Esta possui muito músculo,
mas pouco cérebro, e quando sai às ruas para combater alguma ação fora de
controle não leva o único olho que tem (não sei se não leva porque já lhe caiu
ou se porque seu comandante entrincheirado ficaria às cegas de onde está
sentado) e aí não enxerga absolutamente nada.
Se
num grupo de 100 manifestantes, três jogam uma pedra e fazem barulho, ou lançam
um coquetel molotov, que explode em algum lugar, todo mundo da polícia, mas
todo mundo mesmo, começa a descer a lenha em qualquer um, como boi enfurecido
que abaixa a cabeça e acerta os chifres em quem está na frente, em ambos os
lados e, de vez em quando, rodopia para chifrar quem está atrás também.
Digo
polícia como um corpo de profissionais que deveriam ser preparados para
situações como estas das manifestações que acontecem num Estado democrático de
direito, em que cidadãos têm o direito de protestar. Caso alguém saia dos eixos
e comece a ser violento contra o patrimônio público, contra a propriedade
privada, contra outras pessoas ou mesmo contra a polícia, este alguém deve ser neutralizado.
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